A Blackthorne foi uma editora fundada pelo casal Steve Schanes e Ann Fera em 1985, que haviam sido dispensados após o fechamento da Pacific. Com a falta de opções no mercado, decidiram abrir a editora, que ganhou o nome da rua onde moravam, basicamente com o financiamento de seus cartões de crédito pessoais. A empresa cresceu lentamente, porque não tinham muito capital para investir, mas de maneira consistente, apostando na reimpressão de tirinhas de jornal como Dick Tracy, que custavam pouco e traziam bom retorno, e distribuição em locais menos convencionais, como lojas de presentes, o que garantiu sua presença em shopping centers, o que não era comum para HQs na época¹.
Eles queriam licenciar grandes marcas com apelo para o grande público, mas elas já estavam com as grandes editoras. De olho em Star Wars, Steve se aproximou da Lucasfilm com uma ideia de fazer um produto diferente: uma revista em 3D. Acontece que o contrato com a Marvel permitia que ele pudesse explorar esse nicho, e ele conseguiu fechar negócio. Com o êxito de Star Wars, amealhou Transformers e G.I. Joe explorando a mesma brecha ¹.
A marca do G.I. Joe foi publicada como uma pequena série de revistas em 3D entre 1987 e 1989. Alguns fatos citados nas histórias, como a mudança de uma base fixa dos Joes para itinerante por um tempo, mostram que a continuidade da série se passava no mesmo universo da principal, que estava rolando ao mesmo tempo na Marvel.
Nessa época, a tecnologia de 3D consistia em um óculos de papel com lentes de plástico de cores diferentes para ler a arte impressa de uma maneira especial, o que dava um efeito de profundidade.
A Blackthorne também lançou uma série de três revistas ensinando a desenhar G.I. Joe.