G.I. Joe Extreme (Animação)

Depois de lançar apenas o piloto de Sgt. Savage and His Screaming Eagles, a Hasbro puxou o pino da tomada. Mas por que fazer isso antes mesmo de dar uma chance para a nova animação de mostrar a que veio? Para se responder essa pergunta, uma coisa sempre importante de se ter em mente, é que a fábrica de Pawtucket não está no negócio de animações, mas sim de vender brinquedo. E foi decidido que a linha de brinquedos do G.I. Joe seria inteiramente reformulada, e a animação teve que ser completamente repensada antes mesmo de decolar, para, assim, se adequar à nova linha.

Para entender melhor a situação, em 1991, a Hasbro comprou a Kenner (aquela que havia estabelecido o padrão de tamanho de action figures em 3″ 3/4 com Star Wars), e a transformou em uma divisão interna¹. Em 1994, os departamentos foram reorganizados, e a linha A Real American Hero do G.I. Joe, que já não estava mais fazendo o sucesso de antes, foi cancelada. A marca então foi levada para a antiga concorrente² para a criação de uma linha nova, revitalizada para uma nova geração.

Nasceu assim, o G.I. Joe Extreme, com bonecos maiores (adotando o novo padrão de 5″, ou 12,7 cm), e mais musculosos, como era praxe nos anos 90. Para acompanhar essa nova linha, uma nova HQ e uma animação apareceram com o papel de dar um impulso nas vendas

A Série Animada

G.I. Joe Extreme não só foi produzida novamente pela Sunbow como trouxe nomes de autores conhecidos do desenho original, como Buzz Dixon (que mais uma vez foi o story editor) e Marv Wolfman. Essa animação foi provavelmente foi a melhor coisa que surgiu dessa fase.

De maneira similar às séries anteriores, Extreme foi distribuída pelo esquema de syndication, e durou apenas duas temporadas de treze episódios cada. Ela não sobreviveu ao cancelamento da linha de brinquedos, o que aconteceu ainda no começo do lançamento da segunda onda, em razão das vendas abaixo do esperado. Na realidade, a qualidade dos bonecos estava bem abaixo da original, incluindo poucos pontos de articulação¹.

A trama se passava no futuro próximo (e agora passado já meio distante) do ano de 2006. O colapso de uma superpotência (não estou falando que é a União Soviética… mas é a União Soviética) havia feito com que vários grupos surgissem para ocupar os espaços de poder, um deles a SKAR. Nesse contexto, uma nova equipe do G.I. Joe foi convocada, sob o comando do Ten. Stone, que resgatou o Sgt. Savage da versão cancelada, e outros nomes ainda desconhecidos, para formar seu time.

A abertura da série, do canal Arquivanimado no Youtube.

Ao início de cada desenho, a sequência que se passa antes da abertura era filmada em live action, e frequentemente as vozes dos atores eram substituídas pelas dos atores de voz do desenho. A qualidade de figurinos, cenários, atuações e efeitos especiais era um pouco o que se podia esperar de uma série de baixo orçamento dos anos 90.

A tecnologia antiquada é fácil explicar, mas esses mullets nos anos 90 já não dava mais pra entender.

Já ao final de cada episódio, temos de volta a lição de moral com a frase “agora você sabe, e saber é metade da batalha”.

Até o momento, não temos notícia de um lançamento dessa série animada em home vídeo, nem notícia de que esteja em algum streaming por aí. Também não temos conhecimento que ela jamais tenha sido exibida no Brasil.

Lista de Episódios:

Entre 1995 e 1997, duas temporadas foram ao ar, em um total de 26 episódios. Mais detalhes sobre cada uma nos links a seguir:

Notas

1 – Fonte: Yojoe.com
2 – Fonte: Kenner History