Editora: Marvel
Roteiro: Larry Hama
Lápis: Andrew Wildman
Arte-Final: Randy Emberlin
Colorista: Bob Sharen
Letrista: Rick Parker
Editor: Hildy Mesnik
Editor-chefe: Tom DeFalco
Publicação: Julho de 1992
Personagens nesta edição: Snake-Eyes, Storm Shadow, Líder dos Ninja Vermelhos, Dojo, Nunchuck, T’Jbang, Firefly, Slice, Dice, Ninjas Vermelhos, BATs, Hard Master e Soft Master.
Esta edição continua diretamente os eventos da batalha da Ninja Force em Trans-Carpathia do número 124, quando o Lider dos Ninja Vermelhos tira sua máscara e revela… Uma outra máscara por baixo!
Claro, porque sem a máscara ninguém jamais reconheceria… O Mestre Sem Face! Ou, como você deve conhecer… Firefly!!
Mas calma… Ele não tinha morrido na fragata?! E como assim um terroristazinho de aluguel de repente tinha virado um mestre ninja?!! Calma que essa edição inteira foi só pra explicar tudo isso.
Ele fugiu da fragata na Ilha Cobra fazendo com que alguns restos de BATs que estavam armazenados ali e ainda tinham condições para isso cavassem a saída para ele. O detalhe é que ele fez tudo isso em três semanas e não avisou ninguém, deixando que os outros morressem comendo comida estragada. Além disso, achou o corpo esquecido de Serpentor que também estava por ali e o vestiu com seu uniforme e deformou o rosto, fazendo com que sua falta não fosse notada entre os mortos como aconteceu com Zartan e Billy.
E como ele se tornou um ninja? Bem, ele sempre foi, mas até então ninguém tinha ser incomodado de perguntar se ele havia estudado ninjitsu. De fato, o pai dele era um dono de fazenda na Indochina Francesa e participou da guerrilha contra os japoneses nos anos 1940¹, mas decidiu poupar a vida de um jovem que era mestre do clã ninja Koga. Quando pai dele morreu, Firefly foi levado para o Japão e treinado.
Tornando-se um mestre ninja, Firefly conseguiu obter uma espada do ferreiro dos Arashikage, e até acesso ao campo de treinamento. Era chamado o Mestre Sem Face, por sua incrível técnica de criar uma ilusão de embaçamento do próprio rosto, e aceitou dinheiro do Comandante Cobra para assassinar Snake-Eyes, mas logo percebeu que não tinha habilidade suficiente para levar o serviço a cabo.
Ele então convenceu o líder Cobra a trazer alguém de fora para matar o futuro Joe. Aí concebeu todo o plano que acabou com a morte do Hard Master e forneceu o equipamento e a fuga de Zartan.
Firefly também esclarece que adaptou a técnica que aprendeu com o ninjitsu para armamento e tecnologia modernos, e que não depende de bombas de fumaça e estrelas, e apresenta seu novo uniforme (com uma máscara).
Ao fim, usa os BATs que tirou da Ilha Cobra para espalhar gás que faz com que todos desmaiem (menos ele, porque está usando máscara de gás), e planeja usar um scanner de ondas cerebrais que também roubou de lá para fazer lavagem cerebral nos ninjas e fazê-los obedecer às suas ordens.
Notas:
1- Resumindo muito brevemente o complicado contexto em que Firefly foi criado, a Indochina Francesa foi uma colônia da França na Ásia no local onde hoje estão os países Vietnã, Laos e Camboja. Durante a Segunda Guerra Mundial, a França logo caiu sob domínio alemão, e o governo da chamada República de Vichy era, portanto, aliada do Japão. Embora não fosse o objetivo principal da expansão japonesa na região, a Indochina Francesa foi palco de conflitos pontuais e acordos de ocupação dentro da estratégia de cortar o fornecimento de provisões para a China. Com a derrota do Eixo na Europa, o Japão domina o território, com os locais os acusando de brutalidade e pilhagem. Nesse contexto, a França é obrigada a reconhecer a independência do território e une-se a luta dos locais contra o Japão, uma aliança que não foi sem conflitos internos. Ao fim da guerra, a França tentou reaver sua colônia, mas foi impedida por ação dos EUA e da China.